2 Família Postingher - Projetos - Circolo Trentino di Garibaldi

Projetos

Família Postingher

O Patriarca da família, Francesco Domenico Postinghel, nasceu em 11 de julho de 1826, na cidade de Besenello, província de Trento (região de Trentino-Alto Ádige, norte da Itália) e faleceu em 17 de novembro de 1900, no Brasil. Era filho de Pietro Postinghel e de Giulia Fait. 
Aos 31 anos, em 11 de dezembro de 1857, casou-se com Margarita Comper, em Besenello.  Margarita morre 12 anos mais tarde, em 10 de janeiro de 1870, vítima de Pelagra [doença associada à carência de ácido nicotínico no organismo]. Mais tarde, aos 50 anos, Francesco casa-se pela segunda vez, com Giovanna Maria Bonomo, nascida em 5 de maio de 1852 em Camporovere, província de Vicenza, região do Veneto, Itália. 

Em 27 de julho de 1877, Francesco e Giovana, juntamente com o filho do primeiro casamento dele (Giuseppe Antonio Postinghel), imigram para o Brasil. O casal parte do Porto de Gênova a bordo do navio a vapor “Nord América” e desembarca no Porto do Rio de Janeiro em 23 de agosto do mesmo ano. Eles passam a morar no lote n° 69 da Linha Zamith (hoje município de Monte Belo do Sul), na época pertencente à colônia Dona Isabel (atualmente Bento Gonçalves).

Em Linha Zamith, Giuseppe, filho do casal,  conhece sua esposa, Madalena Vagliatti, filha de Alexandre Vagliatti e Magdalena Marroni. A família Vagliatti ocupava o lote n° 67 na mesma localidade. Conta a lenda familiar que Giuseppe era tão pobre que na primeira noite de casamento foi morar no sobrado de um paiol e o próprio pasto serviu de cama para o casal. Passada a noite, Madalena ficou tão decepcionada que decidiu voltar para a casa dos pais, os quais ordenaram que ela voltasse para o marido. O casal teve seis filhos: Francesco, Carlo, Alexandre, Tranquilo, Silvio, Vitório e Amabile, além de Amabileta, filha do falecido irmão de Madalena, que foi adotada pelo casal.

A família trabalhava na roça. Giuseppe era um homem de temperamento forte e ideias próprias. Falava tirolês e era muito trabalhador. Madalena, por sua vez, era uma mulher de postura correta, de muitos princípios e dotada de nobres sentimentos. Muito religiosa, ensinava Catequese em italiano e também atuava como parteira. 

O casal mudou-se para Linha Araújo e Souza, interior de Garibaldi, onde fixou moradia. Em sua casa, dispunham de uma hospedaria que abrigava tropeiros e carreteiros (tudo era transportado por carroça ou por lombo de animais na época). A hospedaria também servia como “bodega” para os hóspedes e demais interessados. Madalena faleceu em 22 de outubro de 1931, aos 67 anos de idade, vítima de Meningite, e Giuseppe  em 10 de março de 1939, com 79 anos.

A descendência da família de origem garibaldense está ligada ao casal Giuseppe e Madalena, enquanto que os descendentes residentes em outros municípios, tais como Bento Gonçalves, estão ligados aos outros filhos concebidos pelo casal Francesco e Giovanna em território brasileiro.

A alteração da ortografia do sobrenome original Postinghel para “Postingher” ocorreu em função de um erro de escrita feito pelo Cartório Nacional.

O primeiro e único encontro da Família Postingher ocorreu em outubro de 2010, na localidade de São Roque Figueira de Mello, interior de Garibaldi, reunindo mais de 750 descendentes que vivem em vários estados do Brasil. Boa parte dos documentos, fotos e objetos históricos da família hoje não existem mais. Contudo, muitas das histórias ainda continuam sendo contadas e escritas. Que possamos preservá-las por um longo período, para que continuem valorizando o legado deixado pelos nossos imigrantes e que o Talian (dialeto italiano no Brasil) continue a ser falado pela família Postingher.

*Texto feito em colaboração entre Gustavo Postingher, Elaine Engel Nunes Postingher, Gilberto Postingher e Luiz Postingher (Elaine e Gilberto foram responsáveis por um resgate de documentos, fotos e histórias que durou quatro anos).

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